Uma forte e marcante característica une os profissionais que atuam no CEVO. Trata-se do amor pela odontologia, sobretudo, pelo exercício pleno da profissão.
A Odontopediatra, Drª Nellice Gaspre Lopes Cardoso não foge à essa regra. Esse amor ela exala na suavidade da voz, dos gestos e no brilho dos olhos, que se intensificam quando o assunto é a odontologia. Toda essa suavidade, predicado especial para quem lida com crianças, não significa fragilidade. Ao contrário, a odontóloga, desde o início do trabalho na área, enfrentou e enfrenta desafios na busca pelos seus objetivos e por mais conhecimentos.
Segundo diz, a semana das festas de fim de ano são as mais difíceis para ela. O motivo – o consultório fica vazio! E, ela ama trabalhar! E preconiza: – É um alívio trabalhar com o que se gosta!
E, não é só isso… Drª Nellice gosta de trabalhar em equipe, compartilhando e trocando conhecimentos e informações.
– A odontologia pode ser muito solitária e chata, se ficamos presos num consultório somente com o paciente. Mas, quando a gente trabalha num lugar com outros profissionais, tudo fica mais atraente e enriquecedor. Eu gosto de bisbilhotar, perguntar e não tenho vergonha de pedir ajuda e opinião aos meus colegas. Acho que nunca aprendemos tudo. Temos obrigação de buscar e melhorar sempre.
Conforme define, a Odontopediatria a abraçou.
– Fiz magistério e adoro crianças. Não tenho filhos, mas tenho sobrinhos muito agarrados comigo. Identifiquei-me com a Odontopediatria desde a época da faculdade. Fazer um procedimento odontológico em uma criança, sabendo que por vezes é sofrido para ela, e no final receber um super abraço, não tem preço. Saio revigorada!
Logo que terminou a graduação em Volta Redonda, Dra. Nellice partiu para São Paulo, sua cidade de nascimento, com o firme objetivo de se especializar. Começou, em seguida, a exercer a profissão e fez vários cursos de aperfeiçoamento em Odontopediatria e, também, Odontologia Estética, Ortodontia Preventiva, Ortodontia Interceptativa, Resina Anterior e Posterior, Estomatologia – este já no CEVO. Nesse período, conquistou a especialização sonhada, mas não parou. Fez, ainda, a especialização em Ortodontia.
Assim que se fixou em São Paulo, fez algumas tentativas para ingressar na Aeronáutica. O êxito veio em 2004, quando passou nas provas e entrou como oficial temporário. Serviu no Hospital da Aeronáutica de São Paulo – HASP, como Ortodontista e Odontopediatra, por nove anos.
– Foi uma experiência maravilhosa. Adoro a carreira militar e entrar para a aeronáutica seria uma forma de bancar minha pós em Ortodontia, que era muito cara.
O CEVO
Além do HASP, Dra. Nellice coleciona uma vasta experiência na área, atuando em clínicas em São Paulo, Salvador e, mais recentemente, no CEVO, em Valença. “A Drª Flávia e eu somos amigas desde a escola aqui em Valença, onde morei com meus pais, que vieram para cá assim que se casaram. Fiquei em São Paulo durante 20 anos e voltei para Valença em 2015, quando nos reencontramos. Imediatamente ela me convidou para integrar a equipe do CEVO. Considero incrível o trabalho que Flávia e Fabrício desenvolvem aqui no CEVO. A dedicação, o empreendedorismo deles, sempre inovando e elevando o nome da cidade. Além disso, ainda realizam um trabalho filantrópico fantástico.
A nova técnica: Células tronco em dentes decíduos
E, foi através do Dr. Fabrício Vieira, que a Drª Nellice conheceu uma das técnicas mais novas dentro da odontopediatria – a Extração de Células Tronco do Dente de Leite, da qual fala com contagiante entusiasmo.
– Fabrício me apresentou essa novidade e me incentivou a procurar um curso específico. Encontrei em Campinas e hoje estou habilitada a proceder a Extração do dente de leite de forma orientada para a coleta e o armazenamento das células tronco. Esse processo é realizado pela empresa da qual estou credenciada, especializada em Criopreservação (armazenamento de células-tronco extraídas a partir da polpa do dente de leite). A partir das radiografias que faço em um paciente em potencial, a empresa analisa e indica o dente a ser extraído e agenda o dia propício para o procedimento. Neste dia, eles já disponibilizam o transporte para levar o material imediatamente e proceder ao armazenamento. É claro, que existe o importante cuidado de extrair o dentinho no tempo certo, para que não haja prejuízos para a criança.
Ela explica, ainda, que na polpa do dente de leite são encontradas células-tronco mesenquimais, que constituem uma fonte simples e de obtenção não invasiva. Os benefícios de armazenar as células-tronco do cordão umbilical para tratamentos futuros são conhecidos. Mas, diferentes desse material que só pode ser utilizado nas doenças sanguíneas, as células-tronco extraídas da polpa do dente de leite possuem considerável capacidade de originar vários tipos de tecidos humanos como osso, gordura, cartilagem e músculo. A técnica tem sido vista por especialistas como revolucionária, indicada como futuro do tratamento com células-tronco.